segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Trump abre mão de salário em futuro mandato presidencial nos EUA

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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no domingo que abrirá mão do seu salário quando assumir a chefia da Casa Branca. Com uma fortuna estimada em U$ 3,7 bilhões, ele afirmou que receberá apenas um valor simbólico de US$ 1 por mês, como determina a lei, e não os US$ 400 mil por ano que recebe um presidente. Em sua primeira entrevista após as eleições, o magnata se disse entristecido com as notícias sobre perseguições e intimidações a minorias, deflagradas após sua vitória nas urnas, e finalmente pediu pelo fim das tensões.

Após a sua vitória na eleição, protestos contra a sua retórica agressiva durante a campanha se espalharam por várias cidades do país. Em resposta, Trump garantiu aos americanos que saem às ruas que não há nada a temer quanto a futuro do país.


— Odeio ouvir isso. Estou tão entristecido de ouvir isso — declarou ele, no programa "60 Minutes" exibido pela "CBS". — Se isso ajuda, vou dizer isso, e vou dizer direto para as câmeras: parem com isso.

Trump ainda garantiu aos americanos que estão protestando contra o resultado das eleições que não há nada a temer quanto a futuro do país.

— Não tenham medo. Vamos trazer nosso país de volta — assegurou.

O presidente eleito dos Estados Unidos afirmou que cumprirá com sua promessa de deportar milhões de imigrantes sem documentos do país. O republicano confirmou que seguirá adiante com sua proposta migratória e garantiu ainda que cerca de três milhões serão deportados depois que ele assumir o cargo, em 20 de janeiro.


— O que estamos fazendo é pegar essa gente que é criminosa e suas fichas criminais, membros de gangues, traficantes, que totalizam dois, talvez três milhões. E vamos tirá-los do país e vamos fazer com que sejam presos — declarou Trump no programa 60 Minutes da CBS.

Sobre o muro que ele propôs construir na fronteira com o México para barrar imigrantes, ele afirmou que algumas partes da obra poderiam ser de cerca.

— Mas em certas áreas, um muro é mais apropriado. Sou muito bom nisso. É chamado de construção, pode haver alguma cerca — explicou.

Em mais um tema polêmico, o magnata republicano garantiu que não revogará a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo no país.

— É a lei. Foi estabelecida pela Suprema Corte, quero dizer, está feito — frisou, ao ser questionado sobre se apoia uniões gays.

Na sexta-feira e no sábado, o republicano se reuniu com assessores em Nova York para discutir a transição de poder. Mal iniciado o processo, Trump já anunciou uma mudança em sua equipe, que agora será liderada por seu vice, Mike Pence — colocando o governador de Nova Jersey, Chris Christie, em um segundo plano.

Farão parte do Comitê Executivo da equipe de transição o presidente do Comitê Nacional Republicano, Reince Priebus, assim como três filhos do magnata nova-iorquino — Donald Trump Jr., Eric Trump e Ivanka Trump.


Outros nomes da equipe de transição são o ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani, o ex-presidente da Câmara de Representantes, Newt Gingrich, o senador Jeff Sessions, defensor de uma linha dura com os imigrantes, e o médico Ben Carson, que também disputou as primárias do partido.

Desde as eleições de terça-feira, nas quais Trump derrotou a democrata Hillary Clinton, vários protestos contra o republicano foram registrados no país. Em Portland, Oregon, as manifestações terminaram em violência, e um manifestante foi baleado.


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